O café, uma das bebidas mais amadas e consumidas no mundo, tem uma história que remonta ao século IX, na região da Etiópia. Segundo a lenda, um pastor chamado Kaldi observou que suas cabras ficavam mais energéticas após consumirem os frutos de um arbusto desconhecido.

Curioso, ele experimentou os frutos e percebeu seus efeitos revigorantes. A partir daí, o café se espalhou pela Península Arábica, onde foi torrado e preparado como bebida pela primeira vez. No século XVI, o café chegou à Europa e, posteriormente, às Américas, tornando-se um produto de grande importância econômica e cultural.

O café no Brasil e na Colômbia

No Brasil, o café foi introduzido no século XVIII, inicialmente no Pará, e rapidamente se expandiu para o Sudeste, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O país se beneficiou de condições climáticas ideais e da disponibilidade de mão de obra escravizada, o que permitiu que se tornasse o maior produtor mundial de café no século XIX.

Já na Colômbia, o café chegou no século XVIII, mas seu cultivo em larga escala começou apenas no século XIX, com a variedade arábica, que se adaptou perfeitamente às montanhas do país. A Colômbia se destacou pela qualidade do grão, conquistando reconhecimento internacional como produtora de cafés premium.

O café hoje: desafios e aumento de preços no Brasil

Atualmente, o café enfrenta desafios que impactam diretamente seu preço, especialmente no Brasil. Um dos principais fatores é a crise climática, com secas prolongadas e geadas que afetaram as plantações nos últimos anos, reduzindo a produção e elevando os custos.

A história do café: da Etiópia ao mundo
Foto: Pixabay

Além disso, o aumento dos preços dos insumos agrícolas, como fertilizantes, e a alta do dólar, que encarece as importações, também contribuíram para o cenário atual. A pandemia de COVID-19 trouxe ainda mais complicações, com problemas logísticos e aumento da demanda global, pressionando os preços para cima.

Preços altos na Colômbia

Enquanto isso, a Colômbia também enfrenta desafios semelhantes, mas mantém sua reputação como produtora de cafés especiais, investindo em práticas sustentáveis e na qualidade do produto.

O café, que já foi um símbolo de status e um motor econômico para nações, continua a ser uma paixão mundial. No Brasil, apesar dos altos preços atuais, a bebida segue como parte essencial da cultura e do cotidiano, enquanto a Colômbia mantém seu lugar como referência em qualidade. Ambos os países, cada um à sua maneira, mostram como o café é mais do que uma commodity: é uma história de conexões, tradições e desafios superados.