Há cerca de 66 milhões de anos, um asteroide com aproximadamente 10 a 15 km de diâmetro colidiu com a Terra na região da atual Península de Yucatán, no México. A energia liberada pelo impacto foi equivalente a bilhões de bombas atômicas de Hiroshima explodindo simultaneamente.

A colisão abriu uma cratera de quase 180 km de diâmetro e lançou uma quantidade colossal de detritos incandescentes na atmosfera. Ondas de choque varreram o planeta, gerando terremotos de magnitude extrema e tsunamis gigantescos que devastaram continentes inteiros.

Tempestades de fogo e onda de calor

Minutos após o impacto, o material ejetado começou a cair de volta à Terra em brasa, transformando a atmosfera em um forno. O calor gerado foi suficiente para incendiar florestas em todo o mundo, resultando em tempestades de fogo globais.

Qualquer ser vivo exposto a céu aberto poderia ter sido carbonizado instantaneamente. Além disso, a liberação de gases tóxicos contribuiu para o envenenamento do ar, enquanto o nível de oxigênio na atmosfera despencava devido às queimadas generalizadas.

Inverno global e escuridão prolongada

Consequências da queda do asteroide que matou os dinossauros
Foto: Gerd Altmann/Pixabay

A fuligem, a poeira e os aerossóis sulfurosos lançados na atmosfera bloquearam a luz solar por meses, talvez anos. Com isso, a fotossíntese praticamente cessou, levando ao colapso da cadeia alimentar.

Sem luz e calor suficiente, as temperaturas globais despencaram, instaurando um período de inverno que durou cerca de 15 anos. Esse fenômeno transformou os ecossistemas, exterminando espécies vegetais e animais incapazes de suportar o frio e a fome.

Os dinossauros, que dominavam o planeta por milhões de anos, não conseguiram se adaptar a essas mudanças drásticas e foram extintos, junto com cerca de 75% de todas as espécies vivas.

A recuperação do planeta após o asteroide

A Terra levou centenas de milhares de anos para se recuperar do impacto. Após o inverno prolongado, os gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono liberado pelo impacto e pelas erupções vulcânicas subsequentes, causaram um forte aquecimento global.

Florestas começaram a renascer, e novas formas de vida encontraram oportunidades para se desenvolver. Com a extinção dos dinossauros, os mamíferos começaram a prosperar, abrindo caminho para a evolução das espécies que eventualmente levariam ao surgimento dos seres humanos.

Esse evento catastrófico, apesar de devastador, moldou o mundo como o conhecemos hoje.