O Papa Francisco passou por “dois episódios de insuficiência respiratória agudo, causados por um acúmulo significativo de muco endobrônquico e consequente broncoespasmo”, segundo informou o boletim da Policlínica Gemelli, divulgado ontem à noite pela Santa Sé.
Isso significa que por duas vezes o Papa atravessou “o sofrimento de uma pessoa que tem falta de ar”, explicam fontes do Vaticano. Para liberar a respiração, os médicos tiveram que realizar duas broncoscopias “com necessidade de aspirar secreções abundantes”.
Consequência imediata
A consequência imediata é que o Papa teve que retornar à “respiração mecânica não invasiva”, a máscara que cobre a boca e o nariz e injeta oxigênio nas vias aéreas, um tipo de ventilação que representa um nível mais alto do que a oxigenoterapia à qual ele tem sido submetido desde que foi internado no hospital em 14 de fevereiro.
Quadro clínico complexo
Essas crises recorrentes, no entanto, fazem parte do “quadro clínico complexo” em que Francisco se encontra: em suma, pode haver outras, pois o quadro geral tem alguns problemas críticos, como os dois episódios que ocorreram”, dizem fontes do Vaticano. O problema é que o Papa sofre de bronquite crônica que se agravou no início de fevereiro, à qual se somou uma pneumonia bilateral diagnosticada após a chegada ao Gemelli.
Papa tem 88 anos
Não é uma situação fácil para um homem de 88 anos que sofre de problemas respiratórios desde sua internação em 29 de março de 2023, quando se sentiu mal após uma audiência geral. Com o passar do tempo, o problema se agravou, a bronquite tornou-se crônica e a terapia com cortisona que precedeu a internação, e que tinha como objetivo facilitar a respiração, baixou as defesas imunológicas e favoreceu a “infecção polimicrobiana” que afetou ambos os pulmões.