Os inuítes, popularmente chamados de esquimós, são povos indígenas que habitam regiões geladas do ártico, como o Canadá, Alasca, Groenlândia e parte da Rússia.
Adaptados às condições extremas, eles desenvolveram uma cultura rica e modos de vida singulares que garantem sua sobrevivência em um dos ambientes mais hostis do planeta.
Entretanto, os esquimós enfrentam ameaças cada vez maiores devido ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Uma dieta baseada na caça e pesca
A base da alimentação esquimó é composta por peixes, focas, baleias, morsas e caribus, uma vez que a vegetação é escassa na região ártica. A carne desses animais é consumida crua, cozida ou seca, e fornece os nutrientes essenciais para suportar o frio intenso.
O “muktuk”, um prato feito com gordura e pele de baleia, é uma das iguarias tradicionais. Apesar da globalização trazer alimentos industrializados para suas comunidades, muitos esquimós ainda preservam seus hábitos alimentares tradicionais.
Habitação dos esquimós: os famosos iglus
Os esquimós desenvolveram técnicas de construção adaptadas ao clima rigoroso. O iglu, feito de blocos de neve compactada, é uma das habitações mais conhecidas desse povo, sendo utilizado temporariamente durante caças.
No entanto, muitas comunidades inuítes modernas vivem em casas de madeira e concreto, fornecidas por governos locais. Mesmo com essas mudanças, o conhecimento sobre a construção de iglus ainda é passado de geração em geração, simbolizando a resistência e tradição do povo esquimó.
Os impactos do aquecimento global
A sociedade é baseada no respeito à família e na colaboração comunitária. Os mais velhos são valorizados por seu conhecimento sobre caça, sobrevivência e histórias ancestrais. No entanto, as mudanças climáticas afetam drasticamente seu modo de vida.
O derretimento do gelo dificulta a caça e reduz a população de animais essenciais à sua alimentação, enquanto alterações climáticas forçam deslocamentos e ameaçam a cultura esquimó.
Diante desse cenário, os esquimós têm buscado meios de preservar sua identidade e garantir sua sobrevivência, enquanto alertam o mundo sobre as consequências do aquecimento global. Sua luta é um exemplo de resiliência e de como as comunidades tradicionais são impactadas pelas mudanças ambientais globais.