O escritor Affonso Romano de Sant’anna morreu, nesta terça-feira (4), em sua casa em Ipanema, na Zona Sul do Rio, aos 87 anos. A família confirmou a informação.
O escritor era mineiro e foi casado com a também escritora Marina Colasanti, que morreu em janeiro deste ano. Ele sofria de Alzheimer desde 2017 e estava acamado havia 4 anos.
O velório vai acontecer na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na quarta-feira (5), entre 11h e 14h. Affonso deixa uma filha, a atriz, roteirista e diretora Alessandra Colasanti, além de um neto.
A obra de Affonso Romano de Sant’Anna
Affonso é autor de mais de 60 livros de diferentes gêneros, atuando principalmente na poesia e na crônica. Alguns títulos de Affonso são os três volumes da Poesia reunida, Como andar no labirinto, Tempo de delicadeza e Intervalo amoroso.
Estudou letras filosofia e integrou o movimento de vanguarda literária da década dos anos 1960. Na tese de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais, Affonso versou sobre o conceito de gauche na obra de Carlos Drummond de Andrade.
Além de escritor, ele lecionou literatura e escrita no Brasil e no exterior, tendo também sido um dos idealizadores do curso de pós-graduação em literatura brasileira na PUC-Rio.
De 1990 a 1996, Affonso foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional. Recebeu algumas das principais honrarias brasileiras, como Ordem Rio Branco, Medalha Tiradentes, Medalha da Inconfidência, Medalha Santos Dummont.