Alexandre I foi o sexto papa da Igreja Católica, sucedendo Evaristo I e liderando a Igreja entre os anos 105 e 115 d.C., durante o império de Trajano. Embora pouco se saiba com precisão histórica sobre sua vida, seu pontificado é tradicionalmente associado à consolidação de práticas litúrgicas e à continuidade da missão evangelizadora da Igreja primitiva em meio às perseguições romanas.
Contribuições Litúrgicas e Tradições da Igreja
Durante o pontificado de Alexandre I, a tradição católica atribui a ele a introdução do uso da água benta misturada com sal, prática que mais tarde se tornou comum na liturgia cristã como símbolo de purificação e proteção espiritual. Alexandre I também teria reforçado o uso da Eucaristia durante a celebração da missa, valorizando a presença real de Cristo no pão e no vinho consagrados, o que fortaleceu a teologia sacramental da Igreja.
Outra medida atribuída a Alexandre I foi a instituição da consagração dos cálices e patenas, objetos sagrados utilizados durante a celebração da Santa Missa. Essa valorização dos elementos litúrgicos refletia o crescente desenvolvimento da espiritualidade e do simbolismo cristão nas cerimônias religiosas. Tais ações contribuíram para a identidade ritualística da Igreja, que começava a se diferenciar claramente de outras religiões do Império.

Martírio e Veneração de Alexandre I
Assim como muitos papas dos primeiros séculos, Alexandre I teria enfrentado perseguições por parte do Império Romano, embora não haja registros históricos concretos sobre os detalhes de sua morte. A tradição cristã, no entanto, sustenta que ele foi martirizado e posteriormente venerado como santo. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 3 de maio pela Igreja Católica.